terça-feira, 4 de novembro de 2008

Crise não afeta brasileiro, que tem mais dinheiro para gastar no Natal de 2008

Por: Flávia Furlan Nunes04/11/08 - 18h56InfoMoney
SÃO PAULO - Os brasileiros estão com mais dinheiro disponível para gastar no Natal deste ano do que no mesmo período de 2007. Isso significa que a crise ainda não chegou com força ao bolso do consumidor.A conclusão é do Perfil Econômico do Consumidor (PEC), realizado entre os dias 23 e 29 de setembro deste ano pela Fecomércio-RJ (Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro), em mil domicílios de 70 cidades e nove regiões metropolitanas.De acordo com os dados, divulgados nesta terça-feira (4), às vésperas do Natal, há uma parcela menor da população com falta de dinheiro (26%), em relação ao mesmo período de 2007 (30%). A população que consegue chegar ao fim do mês com a quantia exata para o pagamento das contas subiu de 48% para 52%.Já a parcela dos brasileiros com excedente se manteve em linha com setembro de 2007, em 22%. O destino deste dinheiro que sobra é, na maioria dos casos, a poupança para poder gastar no futuro - 28% das respostas em 2008, ante 15% em 2007.Pagamentos em atrasoHouve melhoria no orçamento de grande parte das famílias brasileiras, mas, mesmo assim, algumas delas ainda são reféns de dívidas. Os dados revelam que há um grupo com financiamentos em atraso que subiu de 13% para 15% na comparação entre os meses de setembro analisados.O índice de não pagamento é justificado pela inflação, focada principalmente nos alimentos, que se fez presente no primeiro semestre, e pela restrição do crédito causada pela crise financeira internacional.O carnê, principal causador da inadimplência, é a modalidade de crédito com o maior atraso. O movimento é explicado pelo fato de o carnê ser adquirido mais pela baixa renda, população mais afetada pela inflação.Para se ter uma idéia, em setembro do ano passado, o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) que mede a variação de preços para os mais pobres, acumulava alta anual e 4,92%, enquanto em setembro deste ano ficou em 7,04%.

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