sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

IPTU exagerado para 2009 vira angu-de-caroço em BH

Estado de Minas caderno: Gerais

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) informou ontem que não tem como explicar quanto cada contribuinte pagará de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), à luz do projeto de lei que muda o formato de cobrança do tributo a partir de 2010. Em agitada reunião especial na Câmara Municipal, antes de os vereadores adiarem a votação da proposta, o secretário de Finanças, José Afonso Bicalho, admitiu que as simulações já feitas são precárias e só a partir do ano que vem, se aprovado o texto, será possível fazer os cálculos detalhadamente.

O grupo de apoio ao governo ainda luta para apreciar o projeto este mês, nas sessões extraordinárias, que serão convocadas pela presidência da Casa. Representantes de diversas associações de bairro, presentes ao encontro, reclamaram que, se o texto passar, o Legislativo assinará um cheque em branco para a administração municipal. E pediram que as regras sejam apreciadas sem pressa, em 2009, quando assumem os parlamentares recém-eleitos.

Regada a vaias, bate-boca e retirada intempestiva de vereadores, a reunião começou às 10h30 e só terminou às 14h. Bicalho foi acompanhado de sua equipe e, depois de uma exposição das principais características do projeto, uma réplica da coletiva dada à imprensa, na semana passada, alegou que não é possível saber se, em média, as contas encaminhadas aos contribuintes serão mais ou menos altas que as praticadas atualmente. Para isso, seria necessário fazer, separadamente, os cálculos de 700 mil imóveis tributados, cada um com variáveis diferentes, o que levaria tempo.

Ele usou a explicação para justificar o empenho do Executivo em aprovar o projeto até o fim deste mês. “A partir do ano que vem, precisamos fazer o enquadramento de imóvel por imóvel para que todas as guias sejam enviadas a tempo, em 2010”, afirmou. E minimizou os questionamentos: “Não é importante discutir aumento. O projeto, na verdade, corrige distorções nos valores que servem de referência para o cálculo do IPTU.”

Desde que enviou o projeto à Câmara, a PBH acionou sua tropa de choque para apressar a tramitação e se nega a fazer simulações de valor, mesmo que caso a caso. Ontem, deixou claro que não fornecerá subsídios para que terceiros o façam. O vice-líder de governo na Câmara, Paulo Lamac (PT), disse que as contas apresentadas pelos vereadores e comunidades, que indicam reajustes de até 270%, não têm a mesma precisão das que os técnicos municipais podem fazer. “Há informações, como os fatores de depreciação de imóveis e de pedologia, que interferem muito no valor e só a prefeitura tem”, explicou.

Questionado, o gerente de Tributos Imobiliários, Omar Pinto Domingos, informou que não seria possível fazer simulações ontem. Justificou que, apesar de não ter certeza sobre o valor futuro das cobranças, em seu conjunto, a PBH fez uma amostragem com 500 imóveis e o resultado indica que o contribuinte vai ganhar. Reajustado pela variação do preço dos imóveis no mercado entre 2004 e 2007, como prevê o projeto, o IPTU ficaria, em média, 12% mais caro para esse grupo em 2012. Aplicada a inflação sobre a tabela de valores apurada em 2001, como vem sendo feito desde 2003, o aumento médio seria de 23%. Na projeção, a secretaria usou o Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E) previsto para este ano (6,5%).

O problema, de acordo com os críticos ao projeto, é que a amostra pode não representar o todo. Além disso, os artigos não deixam claro se, a partir de 2010, vai ser aplicada a tabela 2004-2007 e, sobre os valores previstos nela, incidirá ainda a inflação dos anos seguintes, o que elevaria ainda mais os percentuais de reajuste. A secretaria garante que não, mas a regra não está explícita no texto. Outra promessa, de que os aumentos serão repassados de forma escalonada, em três etapas, também não consta da proposta. O líder do prefeito eleito Márcio Lacerda (PSB), Tarcísio Caixeta (PT), informou que ajustes poderão ser feitos ao projeto, via emendas.

O que serviria, segundo o governo, para esclarecer dúvidas e reverter o voto dos insatisfeitos, pareceu aumentar ainda mais a tensão entre os parlamentares. Logo no início, Wagner Messias (DEM), o Preto, deixou a reunião por discordar do tempo de fala dado a cada vereador. Wellington Magalhães (PMN) o seguiu, reclamando que o encontro virou palanque para Fred Costa (PHS), que não é favorável às mudanças. Dezessete vereadores, a favor e contra o novo IPTU, participaram. Mas, por um momento, a audiência parecia uma reedição do segundo turno das eleições municipais. Até o candidato a vice de Leonardo Quintão (PMDB), deputado estadual Eros Biondini (PHS), apareceu e deu palpites ao projeto apoiado por Márcio Lacerda.

SEM QUÓRUM
À tarde, as divergências se transferiram para o plenário, que há três dias está parado. O IPTU virou justificativa para que nada seja votado, apesar da pauta lotada, com mais de 90 projetos. Às 14h59, o primeiro vice-presidente da Câmara, Henrique Braga (PSDB), abriu a sessão. Em seguida, Preto pediu verificação de quórum e a turma insatisfeita se retirou. Às 15h02, havia 18 vereadores no local, número insuficiente para votar. A líder de Pimentel, Neusinha Santos (PT), que pensava em apreciar o IPTU em primeiro turno nas duas últimas reuniões ordinárias do Legislativo (hoje e segunda-feira), já jogava a toalha. “Acho difícil fazê-lo até lá, porque muitos colegas têm dúvidas. Nossa meta é aprovar em dezembro e não nas ordinárias”, afirmou, afinada com Caixeta: “Não estou com pressa nisso.”
A data das sessões extraordinárias deve ser acertada com a volta do presidente Totó Teixeira (PR), que viajou a Brasília e chega hoje. Mas as associações prometem voltar à carga terça-feira, em audiência agendada por Hugo Thomé (PMN).Moradores do Bairro Serra Verde, na Região Norte, se mostraram confusos e preocupados. “Estou há muitos anos ali e, com a construção do Centro Administrativo do Estado, a área vai ficar nobre. Nosso medo é de o IPTU encarecer e nos expulsar”, comentou. “Não dá para impor um reajuste goela abaixo. Estamos numa democracia e isso pressupõe o entendimento com a população. Se o aumento é para 2010, há muito tempo para discutir e deliberar no ano que vem”, reivindicou o presidente da União das Associações da Zona Sul (Una-Sul), que representa 10 entidades, Marcelo Marinho Franco.

SAIBA MAIS
O Projeto de Lei 1.891/08, encaminhado à Câmara pela prefeitura no fim de novembro, atualiza a planta de valores imobiliários de BH, que serve de referência para o cálculo do IPTU. Atualmente, é usada tabela de 2001 e, ano a ano, o tributo é corrigido apenas pela inflação. O texto propõe preços apurados no mercado de 2004 a 2007, o que, para os especialistas, pode implicar altos reajustes. É que, nos últimos anos, os imóveis se valorizaram acima da inflação. Além disso, a forma de cálculo muda. A localização dos imóveis terá um peso maior, o que onera, principalmente, moradores da Zona Sul.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Conheça as obras priortárias da nova administração de BH

Conheça as obras prioritárias da nova administração de BH
Leonardo Augusto - Estado de Minas

As duas obras de maior vulto do pacote apresentado pelo prefeito eleito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), ao governador Aécio Neves (PSDB) são a conclusão da duplicação da Avenida Antônio Carlos e o prolongamento das obras do Bulevar Arrudas no sentido das regiões Oeste e Noroeste. Com relação à Antônio Carlos, a via funciona, juntamente com a Avenida Cristiano Machado, como opção para ligação da capital com o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na Grande BH.A conclusão do bulevar em direção às regiões Oeste e Noroeste, ligando o Centro a bairros como o Calafate e o Coração Eucarístico, tende a desafogar o tráfego no trajeto com a canalização do Ribeirão Arrudas para alargamento da pista, como já feito na parte do projeto concluída na Região Central da cidade, nas proximidades da Praça da Estação e do Parque Municipal. Saiba mais sobre os projetosO bulevar integra ainda a Linha Verde, projeto do governo do estado para melhorar o tráfego na Avenida Cristiano Machado. Além do acesso ao aeroporto em Confins, as avenidas Antônio Carlos e a Cristiano Machado servem às populações de cidades da Grande Belo Horizonte como Lagoa Santa, Vespasiano e Pedro Leopoldo. As duas obras têm caciques políticos como padrinhos. A duplicação da Antônio Carlos, que contou com recursos federais, estaduais e municipais, foi uma das principais bandeiras do prefeito da capital, Fernando Pimentel (PT). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, no ano passado, da inauguração da primeira fase do projeto, que teve como uma das obras a construção de uma trincheira no antigo cruzamento da via com a Avenida Américo Vespúcio, no Bairro Aparecida. Quanto à Linha Verde, o maior defensor é o governador Aécio Neves. Uma outra justificativa para o projeto, por parte do Palácio da Liberdade, é que a obra vai facilitar também o acesso ao centro administrativo que o governo de Minas está construindo na Região de Venda Nova, no Bairro Serra Verde, para abrigar as secretarias e repartições estaduais.

sábado, 29 de novembro de 2008

2,2 milhões de pessoas ficam sem água no próximo sábado

2,2 milhões de pessoas ficam sem água no próximo sábado

Alexandre Vaz - Portal Uai

A Copasa informou que vai interromper o fornecimento de água, no próximo sábado, de vários bairros de Belo Horizonte, além dos municípios de Betim, Contagem, Ibirité, Igarapé, Mário Campos, Pedro Leopoldo, Santa Luzia, Ribeirão das Neves, São Joaquim de Bicas, Sarzedo e Vespasiano.

Cerca de 2,2 milhões de pessoas serão afetadas.

O motivo são as obras para construção da Adutora da União, que vai ligar o sistema de abastecimento do Rio das Velhas, em Rio Acima, aos sistemas da Bacia do Rio Paraopeba. A interrupção acontece a partir das 7h de sábado e normalização está prevista para acontecer ao longo do sábado e na madrugada de domingo.

Confira os bairros de BH atingidos:
Ana Lúcia, Araguaia, Antônio Teixeira Dias, Bairro das Indústrias, Barreiro de Baixo, Barreiro de Cima, Bandeirantes, Betânia, Brasil Industrial, Braúnas, Buritis, Caiçara, Caiçara Adelaide, Cabana, Califórnia, Camargos, Canaã, Candelária, Cardoso, Campo Alegre, Castelo, Celestino, Cenáculo, Céu Azul, Cinqüentenário, Conjunto Ademar Maldonado , Conjunto Bonsucesso, Conjunto Califórnia, Conjunto Felicidade, Conjunto Getúlio Vargas, Conjunto Habitacional Átila de Paiva, Conjunto Helena Antipoff, Conjunto João Paulo II, Conjunto Marilene, Conjunto Monte Castelo, Conjunto Túnel de Ibirité, Copacabana, Coqueiros, Cristo Redentor, Diamante, Durval de Barros, Engenho Nogueira, Estoril, Estrela Dalva, Estrela do Oriente, Etelvina Carneiro, Europa, Filadélfia, Flávio Marques Lisboa, Floramar, Frei Leopoldo, Garças, Glória, Havaí, Indian's, Ipiranga, Itaipu, Itapoã, Jaqueline, Jardim América, Jardim Atlântico, Jardim das Nações, Jardim dos Comerciários, Jardim Europa, Jardim Guanabara, Jardim Montanhês, Jatobá, Juliana, Lagoa, Lagoinha, Laranjeira, Leblon, Letícia, Lindéia, Luar da Pampulha, Mangueiras, Mansões, Mantiqueira, Marajó, Maria Helena, Marilândia, Maringá, Marize, Milionários, Minas Caixa, Miramar, Monsenhor Messias, Nosso Lar, Nova América, Nova Barroca, Nova Gameleira, Nova Iorque, Nova Pampulha, Olaria, Padre Eustáquio, Paraibuna, Paraúna, Parque Arizona, Parque Jardim Leblon, Parque São Sebastião, Patrocínio, Pedro II, Pindorama, Pongelupe, São Joaquim, São José, São Salvador, Ouro Preto, Palmeiras, Paquetá, Pedra Branca, Piratininga, Planalto, Regina, Resplendor, Rio Branco, Santa Amélia, Santa Branca, Santa Cecília, Santa Cruz, Santa Helena, Santa Isabel, Santa Mônica, Santa Terezinha, São João Batista, São Joaquim, São Paulo, São Pedro, São Sebastião, São Tomás, Satélite, Serrano, Serra Verde, Sical, Sinimbu, Solar, Solimões, Teixeira Dias, Tirol, Urucuia, Venda Nova, Vila Conquista, Vila Cemig, Vila Clóris, Vila Leonina, Vila Magnesita, Vila Monte Castelo, Vila Palmas, Vila Patrocínio, Vila Pinho, Vila Presidente Vargas, Vila Santa Branca, Vila Santo Antônio, Vila Satélite, Vila Vânia, Vila Ventosa e Zilah Spósito.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Localize o CEP de qualquer rua

Encontre qualquer CEP clicando no link acima.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Aluguel sobre 3,5 vezes mais que a Inflação

Aluguel sobe 3,5 vezes mais que a inflação
O Tempo caderno: Economia
Em outubro, nem mesmo o aumento da oferta de imóveis residenciais freou os preços do aluguel em Belo Horizonte. A quantidade de imóveis para locação cresceu 5,78% em relação a setembro. Apesar de mais unidades disponíveis, o preço subiu 1,24%, três vezes e meia a mais do que a inflação registrada no mês, de 0,35%.
De acordo com o presidente do Sindicato da Habitação de Minas Gerais (Secovi/MG), Ariano Cavalcanti, a demanda está muito aquecida, o que acaba neutralizando a redução nos preços. "Considerando o acumulado de 12 meses até outubro, a oferta de imóveis subiu 2,96%. Essa pequena alta não é capaz de contemplar a força da demanda." Os preços acumulam alta de 15,26% nesse período.
Para Cavalcanti, a oferta de imóveis residenciais deve continuar aumentando até dezembro. "Muitas unidades que começaram a ser construídas no ano passado com o foco na locação devem ficar prontas."
Ele explica ainda que, devido à defasagem entre oferta e procura, a crise não deve afetar o ramo da locação. "Se chegar, vai demorar, pois a demanda está muito forte", afirma.A oferta também cresceu no segmento comercial, com aumento de 5,73% em outubro frente a setembro. Entretanto, ainda está negativa no acumulado do ano, com queda de 19,12% em relação aos dez primeiros meses de 2007. Neste caso, os preços acompanharam a lei da oferta e da procura e subiram 12,2% de janeiro a outubro. "Trata-se de uma recuperação, pois os valores estavam baixos", destaca.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Venda Nova, uma cidade dentro da cidade

Do Jornal Estado de Minas de 9.11.8 (Domingo)
Distrito, que começou a ser povoado em 1711, pertenceu a vários municípios até ser anexado a Belo Horizonte. Tem cerca de 250 mil moradores e enfrenta problemas semelhantes aos das grandes cidades, mas há também muito do que se orgulhar
Paulo Henrique Lobato

Dezembro é mês importante para Venda Nova: o primeiro distrito de Belo Horizonte começou a ser povoado em 1711, quase dois séculos antes da inauguração da capital, em 1897, mas sua história administrativa com a cidade só teve início no último mês de 1948, quando foi aprovada a Lei Estadual 336. O texto determinou que a área, atualmente formada por 31 bairros e 16 vilas, fosse anexada ao município, processo concluído em 1949, pois, até então, havia sido terra de Sabará, de Santa Luzia e de Campanha, hoje Justinópolis, pertencente a Ribeirão das Neves. Prestes a completar 300 anos de fundação e 60 de integração a BH, a região é um distrito com status de cidade, com cerca de 250 mil moradores, distribuídos em 27,6 quilômetros quadrados. A origem do nome remonta aos tropeiros. O documento mais antigo sobre o então vilarejo, segundo a Prefeitura de BH, é uma solicitação de licença para abertura de uma venda, em 1781, décadas depois de a área receber os primeiros habitantes. Alguns se instalaram ali para atender os tropeiros que vinham da Bahia, seguindo o traçado do Rio São Francisco, até chegar às terras banhadas pelo leito do Rio das Velhas. Conta a tradição oral que a venda era bonita, grande e, claro, nova. Daí o batismo, que, por anos, ficou na boca dos viajantes que levavam gado do Norte para o Sul do país: “Vamos parar naquela venda nova”. A história reforça a vocação comercial do distrito. A Regional Venda Nova, da prefeitura, informa que a área conta com nove agências bancárias, 4.206 empresas varejistas, 499 atacadistas, 4.102 prestadoras de serviços, 537 profissionais autônomos e 286 indústrias. Boa parte dos empresários se instalou na Rua Padre Pedro Pinto, antiga Rua Direita, que, na época dos tropeiros, era a Estrada do Carretão. Na verdade, um caminho bem mais estreito que o atual, invadido por dezenas de linhas de ônibus, carros, motos, caminhões e até perueiros.

Hoje, densamente ocupada, com 16 vilas e 31 bairros não muito bem ordenados, prepara-se para comemorar, em 2011, seus 300 anos.


O transporte clandestino e a diversidade comercial mostram que Venda Nova é o espelho da capital, com pontos positivos, como o centro cultural do Bairro Novo Letícia, que atende mais de 1 mil moradores, e negativos, entre eles as pichações, que tiram parte da beleza dos imóveis. As duas faces da mesma moeda fazem parte do dia-a-dia de Nilza Silva de Oliveira Miranda, de 69 anos, que mora no distrito desde 1963. “Venda Nova era pequena e todos se conheciam. Não é mais assim. Cresceu. É uma cidade, né?”, define a aposentada, afilhada de Padre Pedro Pinto, que morreu em 1953. Da janela de casa ela observa o vaivém de veículos na via que homenageia o padrinho. Repara que uma multidão transforma a rua num formigueiro. O casal André Luís Ribeiro, de 24, e Alaíde Rodrigues Feitosa, de 20, passa pela Padre Pedro Pinto diariamente. Grávida de nove meses, a jovem espera o primogênito, cujo nome também começará, como o dela, com a primeira letra do alfabeto: Arthur. “Já está para nascer”, diz a futura mãe, passando a mão pela barriga, enquanto descansa num dos bancos da Aminthas de Barros, uma das 104 praças do Venda Nova.


Outra praça é a Francisco Monteiro Lara, no Centro. O espaço, pequeno, abriga um grande patrimônio da cidade. Trata-se de um cruzeiro, o que reforça a religiosidade de Venda Nova, cujo padroeiro é Santo Antônio. O distrito oferece aos moradores e visitantes os coloridos jardins dos parques Alexander Brant, no Bairro Candelária, e Cenáculo, no bairro homônimo. Outra importante área verde é o clube do Sesc, que chama a atenção de muitas pessoas que moram em bairros da parte alta de Venda Nova, como o Nova Iorque.


QUEIMA DE FOGOS

É de lá que as primas Maria Aparecida Silva, de 36, e Valquíria Francisca da Silva, de 20, têm uma bela vista da capital. “Na virada do ano, muita gente vem para cá ver a queima de fogos na Lagoa da Pampulha. O céu fica lindo”, diz a mais nova. Segundo a Regional, a altitude da região oscila de 751 a 850 metros. Em algumas partes do vetor Norte, chega a 1 mil metros. O raios-X do perfil de Venda Nova reforça que o distrito tem status de cidade. Tão importante que tem até restaurante popular. “A comida é muito boa. Hoje, almocei arroz, feijão, salada, canjiquinha e bife de porco. De sobremesa, banana. Antes, tinha que trazer marmita para o trabalho. Agora, é diferente. Como bem e pago apenas R$ 1”, agradece o jardineiro Paulo Eusébio, de 42, que mora no Bairro Mantiqueira.


Outra ação importante da região é o Centro Cultural do Bairro Novo Letícia, que atende mais de 1 mil pessoas, entre elas o jovem Gabriel Marques, de 12. A instituição oferece oficinas de lazer e cultura à comunidade, além de ampla biblioteca. “Muita coisa mudou na minha vida. O Centro estimula a gente a estudar. Fiz muitas amizades”, elogia o menino.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Bateu o carro? Confira os cuidados para não ficar no prejuízo

Por: Roberta de Matos Vilas Boas31/10/08 - 14h27InfoMoney
SÃO PAULO - Você está sossegado, parado no sinal vermelho, quando aparece um outro motorista distraído e bate no seu carro. Ou, então, está no seu caminho quando um outro carro, na pista da esquerda, resolve virar para a direita, sem dar sinal. O resultado? Carro amassado e peças que precisam ser trocadas.Para evitar prejuízos com essas ocorrências, cada vez mais normais no trânsito, e não terminar na Justiça, é bom ficar atento a certos cuidados.Fazer ou não fazer B.O.?De acordo com o presidente da Comissão de Direito do Trânsito da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Cyro Vidal, caso o acidente tenha causado algum tipo de lesão em alguém, é obrigatório fazer o boletim de ocorrência.Mas, se os danos foram somente nos veículos envolvidos, registrar a ocorrência não é obrigatório. "Se as partes envolvidas não entram em acordo, a Polícia Militar pode aparecer e fazer a ocorrência, mas não é obrigatório", explica Vidal.Fazendo um acordoPorém, muitas vezes, os motoristas envolvidos podem decidir que cada um pagará o próprio prejuízo ou que o culpado pelo acidente irá arcar com as despesas. No entanto, são cada vez mais comuns os casos em que o acordo não é cumprido e há prejuízo para um dos motoristas.Para evitar esse tipo de situação, antes de deixar o local do acidente, você deve anotar alguns dados do outro motorista envolvido. "Tem que pegar o nome da pessoa, a placa do veículo e, se possível, a carteira de motorista, e anotar tudo isso. Às vezes, até a troca de cartões é necessária", diz o advogado.Caso o acordo não seja cumprido, a opção, segundo Vidal, é recorrer ao Juizado Especial Cível, caso o prejuízo seja pequeno. Já se for grande, não resta outra saída a não ser entrar com ação na Justiça.

Crise não afeta brasileiro, que tem mais dinheiro para gastar no Natal de 2008

Por: Flávia Furlan Nunes04/11/08 - 18h56InfoMoney
SÃO PAULO - Os brasileiros estão com mais dinheiro disponível para gastar no Natal deste ano do que no mesmo período de 2007. Isso significa que a crise ainda não chegou com força ao bolso do consumidor.A conclusão é do Perfil Econômico do Consumidor (PEC), realizado entre os dias 23 e 29 de setembro deste ano pela Fecomércio-RJ (Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro), em mil domicílios de 70 cidades e nove regiões metropolitanas.De acordo com os dados, divulgados nesta terça-feira (4), às vésperas do Natal, há uma parcela menor da população com falta de dinheiro (26%), em relação ao mesmo período de 2007 (30%). A população que consegue chegar ao fim do mês com a quantia exata para o pagamento das contas subiu de 48% para 52%.Já a parcela dos brasileiros com excedente se manteve em linha com setembro de 2007, em 22%. O destino deste dinheiro que sobra é, na maioria dos casos, a poupança para poder gastar no futuro - 28% das respostas em 2008, ante 15% em 2007.Pagamentos em atrasoHouve melhoria no orçamento de grande parte das famílias brasileiras, mas, mesmo assim, algumas delas ainda são reféns de dívidas. Os dados revelam que há um grupo com financiamentos em atraso que subiu de 13% para 15% na comparação entre os meses de setembro analisados.O índice de não pagamento é justificado pela inflação, focada principalmente nos alimentos, que se fez presente no primeiro semestre, e pela restrição do crédito causada pela crise financeira internacional.O carnê, principal causador da inadimplência, é a modalidade de crédito com o maior atraso. O movimento é explicado pelo fato de o carnê ser adquirido mais pela baixa renda, população mais afetada pela inflação.Para se ter uma idéia, em setembro do ano passado, o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) que mede a variação de preços para os mais pobres, acumulava alta anual e 4,92%, enquanto em setembro deste ano ficou em 7,04%.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Venda Nova ganha uma nova imobiliária



Este mês a Rio Doce Imóveis - http://www.riodoceimoveis.com.br/ – inaugura mais uma filial no bairro Venda Nova. A partir de agora o público conta com mais uma loja da Rio Doce Imóveis que há 20 anos vem prestando seus bons serviços de consultoria imobiliária em Belo Horizonte.
Agora já são 3 lojas em Belo Horizonte, estando as demais localizadas na Pampulha (bairro Santa Amélia e no Planalto).
A empresa presta serviços de compra, venda e aluguel de imóveis em toda a região।


domingo, 26 de outubro de 2008

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Venda Nova na Wikipédia

Perfil sócio-demográfico de Venda Nova

Breve hitórico de Venda Nova

1. ORIGEM:A ocupação provável da região de Venda Nova data do século XVIII. Pesquisas dos últimos anos localizaram documentos de 1781, que solicitavam autorização para comércio de secos e molhados junto aos tropeiros que passavam pelo lugar. No ano de 1784, dados históricos apontam para a existência de 2.300 habitantes. Em 1787, os moradores pediam a construção de uma capela na região.

Venda Nova pertenceu a Sabará, Santa Luzia e Ribeirão das Neves antes de ser definitivamente anexada à capital. Quando a capital foi inaugurada, alguns moradores deixaram o antigo Curral Del Rey para se instalar no bairro.O cronista Benvindo Lima, que registrou a história contemporânea da capital em seu livro Canteiro de Saudades(1910-1950), conta-nos que o povoado de Venda Nova era conhecido como Santo Antônio dos Clementes – nome dado pelos primeiros moradores. Foi quando um português conhecido na região, abriu uma venda que oferecia todo tipo de produtos – de arroz e toucinho a querosene, caso raro na época. Como o estabelecimento era muito organizado, ganhou destaque e freguesia. Os clientes vinham de todas as partes, atraídos pelas vantagens da venda nova.

Há referências de vários nomes anteriores para a região, como Santo Antônio do Barranco e Santo Antônio de Venda Nova. Pela tradição oral, conta-se que o nome atual surgiu para identificar uma venda, que era mais nova em relação às anteriores.


2. DESENVOLVIMENTO/INFRA – ESTRUTURA: Ao longo do tempo, a região desenvolveu-se de forma autônoma, criando uma outra cidade dentro da capital. Desde a década de 50, quando a ocupação se intensificava, vários bairros apareceram. Venda Nova começava, então, a ganhar seu caráter de cidade dormitório. Grande parte da população saía para trabalhar no Centro e em cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Até 1948, quando se tornou definitivamente parte da capital, Venda Nova manteve estrutura semelhante à que possuía no início do século XX. Como sua ocupação ocorreu sem planejamento, as construções foram surgindo de forma indiscriminada e até irregular. Nos anos 60 e 70, os próprios fazendeiros lotearam suas terras, anotando em um caderninho o nome dos compradores e valor da dívida, conta a historiadora Ana Maria da Silva, autora do livro Lembranças ... Venda Nova, com um pouco história da região por meio de fontes orais.Segundo ela, Venda Nova se formou a partir de pessoas simples, que viviam da terra. A região não constava sequer da zona rural de Belo Horizonte.

Por muitos anos, iluminação, transporte e enchentes foram problemas sérios e rotineiros. A partir de 1970, verificou-se uma melhoria no tocante aos investimentos públicos. Mesmo assim, em 1972, surgiu na região um forte movimento de emancipação, que entretanto, não obteve sucesso, mas motivou a criação, em 1973, da Administração Regional de Venda Nova, que atendendo aos anseios da população, veio descentralizar vários serviços prestados pela Prefeitura de Belo Horizonte.Em 1987, com a criação de mais sete Regiões Administrativas em Belo Horizonte, a região de Venda Nova foi redividida, dando origem à atual área jurisdicionada da região de Venda Nova, a área da região Norte e parte da região da Pampulha.

Um grande volume de obras estruturantes como o alargamento e melhorias da Rua Padre Pedro Pinto, no início da década de 90; a aprovação do centro urbano de Venda Nova, pela Prefeitura de Belo Horizonte, em 1995; a canalização do córrego do Vilarinho e a modernização da MG-10, estrada que corta Venda Nova, incrementaram o setor comercial da região. Mas uma obra que merece destaque, e durante muitos anos foi aguardada pela população, foi a conclusão da Estação Vilarinho, que levou o metrô de superfície até a região.

Com a construção da Linha Verde e a anunciada transferência do Centro Administrativo do Estado para o bairro Serra Verde, espera-se mais desenvolvimento e progresso para a região. O comércio local é forte e competitivo. Destaca-se neste quadro o Shopping Norte, inaugurado há 7 anos, uma referência para a região.

Outros 5 centros de compras estão sendo construídos, sendo um no bairro Candelária, um no Céu Azul, um no Mantiqueira e outros dois na Rua Padre Pedro Pinto, centro comercial de Venda Nova.O centro comercial de Venda Nova conta, também, com inúmeras agências bancárias, agências de correio, COPASA, TELEMAR, CEMIG, cartório, delegacia de polícia civil, Companhia de Polícia Militar e inúmeras igrejas e templos, das mais diversas religiões.

A população de Venda Nova tem diversas opções de lazer, oferecidas por várias casas noturnas, salas de cinemas e clubes recreativos localizados na região. Merece destaque, também, o Jockey Clube, o Autódromo Serra Verde(futuro Centro Administrativo do Governo Estadual) e o SESC - Serviço Social do Comércio, que possui o maior centro de convenções e de lazer da América do Sul, abrigando um grande complexo esportivo, cinema, 2 teatros, biblioteca, galeria de arte, restaurante, atraindo turistas de todas as partes.As principais bacias hidrográficas da região de Venda Nova são as bacias do córrego da Floresta, córrego Vilarinho e córrego do Nado. Sua altitude varia entre 751 a 850 metros, sendo que, no norte da região, há uma variação de 851 a 1000 metros.

Venda Nova encontra-se sobre o embasamento cristalino, constituído por rochas granito-gnáissicas.Estão localizados na região, 3 parques abertos à visitação pública: o parque Alexander Brant, o parque do Conjunto Habitacional Lagoa e o parque CEVAE - Serra Verde, e ainda, os parques da Bacia de Retenção do Córrego Vilarinho, Serra Verde e o parque de Lazer Jardim Leblon.

A região de Venda Nova, de acordo com os dados do Censo Demográfico 2000, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, possui uma população de 245.334 habitantes, sendo 126.632 mulheres e 118.702 homens.A extensão territorial da região é de 28,30 Km², com uma densidade demográfica de 8.670,58 hab./Km², distribuída por suas Unidades de Planejamento:
UP BAIRROS/POPULAÇÃO*
MANTIQUEIRA/SESC Maria Helena, Mantiqueira, Jardim dos Comerciários, Nova América. / 44.448 habitantes.
SERRA VERDE Serra Verde, Alvorada. / 17.150 habitantes.
PIRATININGA Lagoinha, Lagoa, São Paulo (Piratininga), Letícia (Sul da av. Vilarinho), Rio Branco, SESC (parte), Flamengo. / 47.212 habitantes.
JARDIM EUROPA Letícia (Norte da av. Vilarinho), Europa, Minas Caixa, SESC (parte). / 27.035 habitantes.
VENDA NOVA/CENTRO Centro de Venda Nova, Candelária. / 16.879 habitantes.
CÉU AZUL Céu Azul, Sta. Mônica (Mãe dos Pobres), São José/Céu Azul (Vila dos Anjos). / 27.177 habitantes.
COPACABANA Leblon, Copacabana, Santa Mônica, Jardim Leblon, Universo/Copacabana II, Várzea das Palmas/Itamarati, N.S.Aparecida (parte), Copacabana I (parte). / 51.367 habitantes.
SÃO JOÃO BATISTA São João Batista, N.S. Aparecida (parte). / 14.066 habitantes.
*IBGE-2000.

Na área de educação, a região possui 29 escolas municipais, incluindo a Escola Municipal de Ensino Especial, 22 escolas estaduais e várias particulares, das quais destacamos, o Instituto Roosevelt e a Faculdade de Engenharia Kennedy.
Localiza-se, também, na região, o CESU - Centro de Estudos Supletivos, estabelecimento de ensino de suplência público estadual.

Na área de saúde, Venda Nova conta com 12 centros de saúde, 1 unidade de pronto atendimento - UPA, 1 farmácia distrital e 1 central de material esterilizado. Conta, ainda, com 1 agência do IPSEMG, 1 maternidade - Mater Clínica, 1 clínica - Clínica Maria Amélia, 1 hospital psiquiátrico - PSICOMINAS, 1 hospital geral - Hospital Dom Bosco, que são coordenados e avaliados pela Prefeitura de Belo Horizonte. Recentemente, foi inaugurado o atendimento de urgência do Pronto Socorro Estadual de Venda Nova, que, após concluído, deverá ser o maior Hospital de Pronto Socorro do Estado, sob o gerenciamento da UFMG. Venda Nova possui inúmeros consultórios de médicos, dentistas, psicólogos e laboratórios de análise clínica, com atendimento a clientes particulares, convênios e SUS.

Quanto à habitação, o Censo Demográfico 2000 mostrou, também, que a região possui 64.894 domicílios particulares permanentes, em que cerca de 89% são casas. Dos responsáveis por esses domicílios, 71% são homens e quase 27% têm entre 30 e 39 anos. A maior parte - 50,19% -tem um rendimento entre ½ e 3 salários mínimos.

A Prefeitura de Belo Horizonte começou no mês de abril de 2007, a implementação da primeira etapa do projeto Saneamento para Todos (Drenurbs). Já estão instalados três canteiros de obras nos bairros Aarão Reis, Primeiro de Maio e Jardim Europa, onde estão sendo investidos R$ 29,82 milhões, em parceria com o Banco Intera-me-ricano de Desenvolvimento. A meta é entregar à cidade, no ano que vem, totalmente despoluídos, os 2,5 quilômetros de cursos dágua que compõem as bacias dos córregos Nossa Senhora da Piedade, Primeiro de Maio e Ba-leares, nas regiões Norte e Venda Nova. As obras incluem a implantação de redes de esgoto, parques, praças, ações de educação e outras medidas de recuperação e preservação ambiental. Para fazer as intervenções, a Prefeitura removeu e reassentou as famílias que viviam em áreas de risco. Inserido no Programa de Saneamento Ambiental de Belo Horizonte, o Drenurbs orienta ações coordenadas para despoluir e promover a recuperação ambiental de 48 bacias hidrográficas que reúnem 73 córre-gos, somando 140 km de cursos dágua que correm em leito natural numa extensão de 177 km2, abrangendo 51% da área total do município, onde residem 45% dos habitantes da cidade.

De acordo com o secretário municipal de Políticas Urbanas, Murilo Valadares, a implantação plena do programa vai transformar radicalmente o cenário urbano e a vida de mais de um milhão de pessoas. Ele avalia que o Drenurbs reúne a experiência da Prefeitura no trabalho intersetorial das áreas urbana e social, a parceria com organismos de financiamento e a excelência técnica do planejamento de longo prazo sintonizado com as exigências do mundo contemporâneo. Por isso, além de promover a melhoria das condições locais de saúde, lazer, saneamento, transporte e meio ambiente, acredita o secretário, o Drenurbs orienta intervenções estruturantes de urbanização que têm impacto global no desenvolvimento da cidade.